Crítica: Assassin's Creed 2

Olá, colegas jogadores da sala de RPG Medieval, ou quem quer que frequente este fórum.

A fim de contribuir para o fórum, resolvi fazer uma série de críticas sobre jogos eletrônicos, algo que eu gosto muito e tenho certeza de que todos vocês também, em maior ou menor grau.

Os jogos abordados não seguirão uma ordem lógica, como data de lançamento ou estilo. Eu apenas farei críticas de jogos que, obviamente, joguei e com os quais possa formular opiniões mais detalhadas e sinceras.

Começaremos com um jogo muito bom da Ubisoft que é continuação de outro jogo bom, Assassin's Creed 2.

Ano de Lançamento: 2009
Plataformas: Microsoft Windows, Playstation 3 e Xbox 360
Gênero: Ação em terceira pessoa
Desenvolvedora: Ubisoft Montreal
Distribuidora: Ubisoft

Assassin's Creed 2 é um jogo de ação em terceira pessoa produzido pela Ubisoft (mais especificamente, o estúdio de Montreal), uma das maiores e melhores produtoras de jogos da atualidade. O jogo conta a história de Desmond Miles, um rapaz que é pego no meio da guerra que já dura séculos entre Cavaleiros Templários e Assassinos.

Lembro-me que, na ocasião do lançamento do primeiro jogo (que aliás era promovido por uma produtora executiva gostosa pra caralho), a Ubisoft levou os jogadores a acreditarem que o jogo realmente se passava no ano de 1191, quando, na verdade, as partes vividas nesta época eram apenas uma simulação virtual das memórias ancestrais de Desmond.

Um aparelho chamado Animus (quase como uma "Matrix"), pode fazer Desmond viver as memórias de seus ancestrais como se estivesse em um ambiente virtual e, aproveitando-se disso, a organização que raptou Desmond tenta descobrir segredos de sua família para alcançar uma série de artefatos conhecidos apenas como "Pedaços do Eden", que dariam poder ilimitado a quem os possuísse.

No final do primeiro jogo descobre-se que a organização que raptou Desmond e que vasculhou suas memórias através do Animus é, na verdade, uma organização Templária. No começo de Assassin's Creed 2, a funcionária da organização chamada Lucy ajuda Desmond a fugir da base Templária e os dois vão para uma base Assassina, da qual Lucy faz parte, onde está uma versão mais moderna do aparelho Animus.

Desmond continua vasculhando suas memórias ancestrais, mas agora as memórias o levam até a Itália do século 15, no período da Renascença, na pele de Ezio Auditore. Os Assassinos descobrem que, através do Animus, Desmond pode aprender as habilidades de seus ancestrais e continuar a luta contra os Templários no presente, que se passa em 2012.

O ambiente deste segundo jogo está muito mais rico e detalhado. Cidades como Florença, Veneza e Roma são muito bem apresentadas. Enquanto percorre suas ruas, você sente que a cidade está viva ao seu redor, com pessoas trabalhando, pintando, tocando ou apenas descansando, sentadas em algum banco.

Os gráficos receberam uma ligeira melhora em relação ao primeiro jogo, mas nada muito chocante, apesar de ainda serem ótimos para os padrões atuais. As animações das escaladas e saltos de Ezio continuam fluídas, mas poderia-se, entretanto, criar mais animações de assassinatos e contra-ataques, pois percebe-se claramente que muitas delas foram aproveitadas do primeiro jogo e que não há muitas novas.

Os pontos fortes de Assassin's Creed 2, na minha opinião, são a história e a exploração. Alguma mente inteligente da Ubisoft percebeu que a jogabilidade, inspirada em jogos da série Prince of Persia, poderia muito bem ser aplicada em calabouços, ruínas ou templos, onde é necessário habilidade do jogador para se alcançar um tesouro ou um objetivo. Isto é uma coisa que fez muita falta no primeiro jogo.

Existe uma armadura, a melhor do jogo, deixada pelo ancestral do primeiro Assassin's Creed, e para conseguí-la, o jogador deve explorar uma série de templos e calabouços a fim de conseguir os objetos necessários para destrancar o altar onde a armadura reside. Isto, por si só, motiva o jogador a testar suas próprias habilidades, tornando o jogo muito mais completo e divertido.

Há várias missões secundárias para cumprir, entre elas, uma especialmente divertida onde você deve bater em pessoas por encomenda. Há também uma parte onde você deve juntar dinheiro e gastá-lo na reconstrução de uma das cidades, com um mini-sistema de administração que lembra algo como SimCity, mas bem mais básico.

Uma das grandes melhorias deste jogo em relação ao primeiro, com certeza, é a história. Temos aqui uma história mais rica, melhor escrita e que tem como fundo uma Itália renascentista. Você irá se emocionar, irá vibrar com cada vitória de Ezio e acompanhar enquanto ele se torna um assassino completo.

A história em geral, a que se passa no presente do jogo é, entretanto, extremamente confusa e misteriosa, e não se espante se, no final, você tiver mais dúvidas do que respostas. Isto tornou-se quase um hábito em Assassin's Creed, onde o final apresenta algo absurdo e sem respostas que só será explicado, SE explicado, no próximo capítulo da história. Algo parecido com Lost.

No geral, Assassin's Creed 2 é um jogo muito melhor do que seu antecessor por deixar o que já era bom no primeiro jogo e apenas aprimorar os elementos que faltavam ser aprimorados. Claro, o jogo ainda possui algumas coisas negativas, como ter que subir aquelas PORRAS de torres para ativar a Visão de Águia e enxergar as missões ao redor da cidade, mas... Não se engane. Assassin's Creed 2 é um jogo excelente e que deve ser jogado por todo gamemaníaco, independente do estilo que você prefira.